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sexta-feira, 14 de junho de 2013


Conheça os produtos de poupança mais subscritos

Subscrições de PPR cresceram 57% face ao primeiro trimestre de 2012. Seguros de capitalização também cresceram.



O ano de 2013 começou marcado com as notícias que dão como certa a privatização dos seguros da Caixa Geral de Depósitos, mas só poderá vir a acontecer em 2014, depois de, no ano passado, se ter garantido a sua venda para este ano. 


O mercado está expectante em relação a este grande negócio, já que a Caixa, através da Fidelidade, é a maior empresa nacional de seguros. Todas as empresas contactadas pelo Diário Económico dizem que a sua privatização influenciará o mercado. A forma como influenciará é que ainda não se sabe. Depende de quem a comprar, de que forma essa compra será feita e da estratégia da empresa compradora.

Mas com ou sem privatização do maior grupo nacional segurador, é certo que o mercado português de seguros continua a funcionar. E os resultados trimestrais estão aí para mostrar que as seguradoras não estão paradas.

Entre os números da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), uma das maiores novidades é o incremento na produção de PPR, um produto que já estava há algum tempo em queda nomeadamente por ter perdido alguns benefícios fiscais.

De acordo com os números trimestrais da associação, a procura por este tipo de produtos aumentou 130 milhões de euros, sendo que o valor produzido em 2012 era de 230 milhões e, agora, passou a ser de 360 (subida de 57%).

Também os produtos de capitalização registaram um aumento neste primeiro trimestre do ano, passando de 1,1 mil milhões de euros para 1,2 mil milhões em 2013.

A produção de rendas vitalícias também cresceu. No primeiro trimestre de 2012 a produção era de 9,6 milhões de euros.Já 2013, os valores ultrapassaram aos 14,3 milhões.
Em contrapartida, os produtos de risco caíram em 18 milhões de euros.

Os valores de produção de produtos de poupança são confirmados pelo Instituto de Seguros de Portugal no relatório do primeiro trimestre: "a produção de seguro directo do ramo Vida evidenciou uma recuperação, registando um aumento de 15,5% face ao primeiro trimestre de 2012. Este crescimento, na ordem dos 246 milhões de euros, resultou essencialmente, da variação positiva ocorrida nos contratos de investimento não ligados a fundos de investimento" - tipicamente produtos de poupança sem participação nos resultados, mas com capitais e, eventualmente, taxas garantidos.

No sentido descendente, e ainda de acordo com os dados do ISP, a produção dos ramos não vida feita até 31 de março de 2013 ultrapassou os 931 milhões de euros, menos 45 milhões (4,6%) que em igual período do ano anterior. Neste período, todos os ramos apresentaram esta tendência, excepção feita para os ramos Marítimo e Transportes e Mercadorias Transportadas.

No que respeita aos custos com sinistros, será de destacar que estes terão crescido 4,9%, "devido essencialmente ao aumento de cerca de 18,8% no ramo Incêndio e Outros Danos", refere o relatório do ISP deste período.



Seguradoras com resultados positivos

Os resultados líquidos das seguradoras no primeiro trimestre deste ano foram positivos, tendo chegado aos 137 milhões de euros.
"A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pelo ISP situou-se, em Março de 2013, na ordem dos 240%", refere o relatório. Das 42 empresas de seguros, 29 apresentaram resultados positivos.
Em 2012, os cinco líderes na produção total de Vida e Não Vida eram a Fidelidade, o Bes Vida, a Ocidental Vida, o Santander e a Allianz. A evolução de algumas destas seguradoras tem sido surpreendente. O Bes Vida, por exemplo, depois de três anos (2009, 2010 e 2011) em terceiro lugar, passou para o segundo posto no ano passado. E a Allianz, que em 2009 estava em oitavo, em 2010 em sétimo e em 2011 em quinto, no ano passado ocupou ou quinto lugar na tabela. Já a Fidelidade mantém há vários anos a liderança.
PPR
Subscrição de PPR aumentou 57% entre o primeiro trimestre de 2012 e o de 2013, diz APS.
57%
Automóvel
Produção de seguros automóvel caiu 21 milhões de euros no primeiro trimestre de 2013 face ao período homólogo de 2012, diz APS.
-21 milhões de euros
Incêndios
Os custos com sinistros como incêndios e outros danos subiram 18,8% em relação ao primeiro trimestre de 2012, diz o ISP.
+3 milhões de euros
Nota: Artigo publicado no suplemento de Seguros publicado na edição impressa do Diário Económico de 16 de Maio de 2013



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