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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Drones procuram trabalho em companhias de seguros



As companhias de seguros estão a desenvolver e a contratar cada vez mais soluções tecnológicas que lhes permitam resolver incidentes, rapidamente.
As cameras drone são usadas para mostrar imagens fantásticas nas partidas de futebol, procurar alpinistas perdidos, controlar as fronteiras de um país ou medir o rendimento das culturas. A chegada desta tecnologia ao mercado tem sido revolucionária para muitos setores que começam a explorar o seu potencial e em muitos casos podem trazer-lhes valor acrescentado em seu trabalho. Se não acredita, pergunte às companhias de seguros !
São cada vez mais as seguradoras que aproveitam esses robôs para simplificar o trabalho dos especialistas, ajudando-os a fazê-lo com mais precisão, em menos tempo e reduzindo os custos. "O mais importante é reduzir custos: se o fizermos, reduzimos os preços para os nossos clientes e podemos oferecer um serviço melhor", diz Philippe Vayssac, diretor de inovação da Groupama RAA de França.

Esta companhia de seguros, especializada em serviços agrícolas, usou drones por pouco mais de um ano e é especialmente feliz com esses novos funcionários. Antes de chegarem, a empresa tinha dificuldade em medir quantos hectares de terra eram destruídos por um desastre natural. "Em grandes campos de milho, por exemplo, você não pode entrar. Você pode passar um dia inteiro medindo e obtendo um resultado que não é muito preciso", lamenta Vayssac.

Os drones Groupama RAA - os modelos Phantom 4 e Phantom 4 Pro do DJI - são auto dirigidos: os vinte profissionais que os usam são programados para executar uma superfície tirando fotos aéreas e enviando-as, cinco minutos após o pouso, para um iPad Pro. Desta forma, você pode conhecer a quantidade de terra danificada em menos de meia hora com precisão sem precisar de conexão à internet. "É importante para os agricultores receberem o dinheiro, que lhes é devido, o mais rápido possível para que eles possam resolver os seus problemas e graças a esta tecnologia, vamos diretamente nessa linha", explica o diretor.

Obviamente, o uso de drones para calcular o dano de um espaço não é reduzido à agricultura e cruza as fronteiras francesas. A AXA passou a usá-los para fazer uma primeira aproximação aos danos causados ​​por um incêndio, evitando colocar em risco os seus profissionais. A Zurique, por sua vez, emprega-os nos Estados Unidos para fotografar os telhados das casas que sofreram algum dano (devido a cataclismos) e usa software de inteligência artificial para avaliar os riscos e calcular os custos de reparo. "Nossa indústria não é conhecida por ser pioneira; na verdade, é bastante conservadora, mas estamos a aperfeiçoar-nos", diz Josep Manel Egido, diretor de gestão de mercados em Espanha, nesta empresa.

Há aqueles que acreditam que esses robôs podem ameaçar o trabalho dos especialistas. Um relatório da empresa LexisNexis destaca que 38% das companhias de seguros não enviam seus agentes para verificarem incidentes em algumas situações. Mas não há motivo de preocupação, pelo menos por enquanto. "O papel desses profissionais não desaparece, só salvamos o deslocamento", justifica Egido. "Mais tarde, quando podermos confiar em inteligência artificial para valorizar os danos com base em fotografias, pode haver alguns "downsizing", mas hoje, a decisão final ainda passa por especialistas". O diretor da Zurique não esquece de mencionar que o uso desses robôs exige outros profissionais que saibam como usá-los.

Drones e inteligência artificial não são as únicas soluções que estão a ser apostadas. A aprendizagem mecânica, o levantamento de vídeos e as aplicações móveis completam o elenco tecnológico utilizado pelas companhias de seguros. Arturo López-Linares, diretor de sinistros da AXA em Espanha, pensa que todas essas opções constituem um meio para chegar a um fim: um modelo de negócios focado no cliente. Segundo ele: "Essas ferramentas permitem-nos dar uma resposta a um sinistro de uma forma mais personalizada e ágil".


Parte de artigo retirado de Ediciones EL PAÍS, s.l. - Madrid 30 Ago 2017

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Estacionar em lugar reservado a deficientes passa a contra ordenação grave e tira dois pontos à carta




Desde o passado dia 8 de julho quem estacionar a lugar reservado a veículos de pessoas com deficiência, incorre numa contra ordenação grave.


A nova lei da Assembleia da República, que entrou em vigor no passado dia 8 de Julho, estabelece como contra ordenação grave a paragem e o estacionamento em lugar reservado a pessoas com deficiência condicionada na sua mobilidade.
Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), contra ordenações graves são punidas com coima e com sanção acessória.
Aquando da prática de uma contra ordenação grave, na sua generalidade, são retirados dois pontos da carta de condução.

Uma outra lei, também publicada em Diário da República na mesma altura e que entrou em vigor no passado dia 5 de agosto, estabelece a obrigatoriedade das entidades públicas assegurarem lugares de estacionamento para pessoas com deficiência.

De acordo com a Assembleia da República, as entidades públicas que disponham de estacionamento destinado a utentes devem assegurar a disponibilização de lugares de estacionamento gratuitos para pessoas com deficiência, em número e características que cumpram as normas técnicas para melhoria da acessibilidade das pessoas com mobilidade condicionada.

As entidades públicas que não tenham estacionamento para utentes devem assegurar a disponibilização na via pública de lugares reservados para pessoas com deficiência.

No passado mês de maio, o Parlamento aprovou dois projetos do Bloco de Esquerda que agravavam as multas para o estacionamento abusivo em lugares reservados a deficientes, e obrigava as entidades públicas a ter estacionamento gratuito para estas pessoas.

Os textos finais dos projetos do Bloco de Esquerda foram aprovados por unanimidade pela Assembleia da República.

retirado de SAPO24